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Quatro problemas atuais nas Lavouras de Café

7 de fevereiro de 2017 - Alfenas, Campo do Meio, Campos Gerais, Cidades, Diversas, Elói Mendes, Fama, Paraguaçu, Varginha

QUATRO PROBLEMAS ATUAIS NAS LAVOURAS DE CAFE Por José Braz Matiello - Eng. Agr. Fundação Procafé

No final do ano passado e agora no início, em janeiro 2017, foram observados problemas em lavouras de café relacionados com as condições de clima e manejo. Quatro ocorrências são aqui destacadas: A floração desigual, a escaldadura da folhagem, a queda de frutos e o ataque da mancha aureolada.

A floração, por efeito de chuvas mais cedo, teve inicio ainda em setembro/16, depois seguindo-se 2-3 floradas em períodos normais (out/dez) e, agora, em meados de janeiro, uma florada fora de hora. As ocorrências variam de região para região, mas, no geral, 2-3 nós, na ponta dos ramos, abriram flores em uma época anormal, provavelmente por efeito de um pequeno veranico, seguido de chuva em dez/jan.

A escaldadura, está causando muita preocupação, pois veio de forma grave. A folhagem de cafeeiros, do lado voltado para o sol da tarde, teve um forte amarelecimento e queima parcial de folhas. Ela esteve relacionada com o excesso de insolação e temperaturas altas, também em dez/jan e, por isso, foi mais observada em regiões um pouco mais quentes.

A queda de chumbinhos, conforme o esperado, vem sendo mais critica nas lavouras que floresceram mais desfolhadas, e, neste ano, também pelas florações desiguais, os frutos maiores exercendo efeito dreno das reservas, com descarte de frutos pequenos.

O ataque de mancha aureolada foi retomado pelo excesso de chuvas (continuadas), especialmente em regiões mais altas, e, então, em certos dias, as temperaturas caíram. A umidade, o frio e os ventos são fatores para o agravamento da doença.

Como consequência desses problemas serão observados os efeitos negativos sobre a produção dos cafeeiros e a qualidade dos cafés. A queda de frutinhos reduz o numero de frutos remanescentes nas rosetas e nos ramos, a desigualdade de floração resultará em colheita de verdes e a ultima florada poderá, com frutos ainda em agua, nem ser aproveitada.

Isso influi na quantidade e qualidade do café. A escaldadura influi na granação dos frutos e agrava o ataque de cercospora. O ataque de Pseudomonas, com a seca de ramos, reduzirá a área produtiva das plantas.

* Por José Braz Matiello – Eng. Agr. Fundação Procafé –   Fonte: Revista Cafeicultura

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